O delegado Luís Jorge Santos Matos, da Superintendência Estadual de Investigações Criminal (Seic), investiga a venda irregular de um terreno, na Rua 9, s/n, no Bairro do Vinhais. O terreno pertence à Prefeitura de São Luís e foi vendido por R$ 2,7 milhões a um empresário da capital maranhense; no entanto, o golpe foi descoberto quando a vítima quis construir um muro no local e buscou autorização junto à prefeitura.
A venda foi realizada no ano passado e o comprador, que teve sua identidade preservada, recebeu toda a documentação do terreno de 16.456 m² e pagou o IPTU 2012. Segundo a polícia, a fraude foi descoberta no mês passado, quando o comprador solicitou à prefeitura de São Luís a documentação para cumprir a Lei de Muros e Calçadas e teve conhecimento que se tratava de uma praça da Prefeitura de São Luís (terreno não pode ser alienado – vendido ou comprado). Diante da situação, o comprador procurou as pessoas que venderam o terreno para pedir seu dinheiro de volta, mas não conseguiu o ressarcimento e acionou a Seic.
A polícia solicitou a prisão preventiva de três pessoas e dois acusados foram presos na última segunda-feira (24), o engenheiro mecânico José Simeão Pereira Sousa, de 62 anos; e seu filho, Anderson Simonsen Pereira Sousa, 33. No entanto, eles negam a acusação.
O terceiro suspeito, o empresário João Batista Fernandes Costa Rodrigues, o “João Capão”, de 30 anos, não foi localizado e é considerado foragido da Justiça. Este ainda confessou ter matado o policial militar Mário Jorge Lima Silva, no dia 1º deste mês, na sua residência, no Bairro do Olho d’Água. “A gente acredita que a morte do PM tenha sido queima de arquivo, pois na semana que tentamos intimar o empresário ocorreu o homicídio”, disse o delegado Luís Jorge.
Segundo o delegado, existe a possibilidade de participação de funcionários da Prefeitura no esquema, pois o terreno possuía documentação emitida como se fosse feita de forma legal. “Estamos investigando para tentarmos chegar às outras pessoas envolvidas no crime”, contou.
De acordo com informações obtidas pelo Jornal Pequeno, o empresário João Capão havia aplicado, recentemente, um golpe de R$ 1,5 milhão no dono da Dimensão Engenharia.
Os dois acusados presos foram autuados por estelionato e, dependendo da comprovação de mais pessoas no crime, podem responder ainda por formação de quadrilha. O engenheiro mecânico José Simeão e seu filho Anderson Simonsen Pereira permanecem presos e estão à disposição da Justiça. (Por Valquíria Ferreira)
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