sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Vereador incentivou invasores de terreno desapropriado para construir Hospital de Emergência


Mais de 300 pessoas invadiram a área desapropriada para fazer o Hospital de Urgência e Emergência de São Luís.
Mais de 300 pessoas invadiram a área desapropriada para fazer o Hospital de Urgência e Emergência de São Luís.
No dia 09 de agosto, a área localizada no bairro Altos do Calhau, desapropriada pela Prefeitura de São Luís com a finalidade específica de construir a Hospital de Urgência e Emergência, foi invadida por mais de 300 pessoas que lá se instalaram com barracos de madeira e efetuaram a demarcação de lotes com a finalidade de ocupação.
A área desapropriada pela Prefeitura corresponde a 98.800 metros quadrados e tem como expropriados, segundo o mencionado decreto, Maria Alice de Abreu Portela, José Joaquim de Castro Carvalho, Edna Portela Carvalho, Manoel de Jesus Pinheiro Dias e Skema Empreendimentos Comércio e Planejamento Ltda.
Como a Prefeitura de São Luis obteve na 5ª Vara da Fazenda Pública a imissão provisória na posse da área, a responsabilidade pela segurança e integridade do imóvel está ao encargo da Prefeitura.
A invasão ocorreu por conta da queda do muro que protegia a área e não foi reconstruido, o que caracteriza descumprimento da Lei de muros e calçadas. Os invasores acabaram derrubando todo o restante do muro. Considerando o tamanho e a valorização do imóvel, já há uma movimentação entre os invasores colocando suas áreas demarcadas em comercialização.
Os principais líderes da invasão são os moradores da ocupação chamada Vila Conceição, conhecidos pelos apelidos de Barbudo, Gibão, Moisés, Neguinho, Ximbó, Zé do Bode e Rosinha do Pó, esta última está sendo chamada de Loura. Os proprietários expropriados agiram prontamente, colocando seguranças e evitando que um número maior de invasores ocupem uma área maior. E também registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Constantemente o Batalhão da Polícia Florestal tem sido chamado para comparecer ao local porque estão ocorrendo desmatamentos e queimadas da mata de forma indiscriminada e não autorizadas pelas autoridades do meio ambiente. Até uma lanchonete improvisada instalou-se na área para vender refeições e bebidas aos invasores.
Moradores da ocupação chamada Vila Conceição são os principais líderes da invasão.
Moradores da ocupação chamada Vila Conceição são os principais líderes da invasão.
Batalhões da Polícia Civil, antecipando-se a um possível confronto entre os invasores e os homens contratados para evitar a expansão da invasão. Na semana passada um “camburão” da polícia ficou lotado com armas brancas apreendidas no local, como facas, facões, foices, enxadas e machados, que também estavam sendo usados para derrubar a mata e árvores, além da intimidação de várias pessoas.
Na primeira batida policial, foram presas quatro pessoas que reagiram à presença da polícia. Entre essas pessoas dois homens eram foragidos da Penitenciária de Pedrinhas, para onde foram recolhidos.
Na segunda investida da Polícia Militar no local,ontem, com 17 viaturas, houve até troca de tiros e dois policiais tiveram suas cabeças quebradas. Quarenta e sete pessoas foram detidas e várias pagaram fiança para sairem em liberdade. Ao final, todos os invasores foram retirados do local e suas demarcações derrubadas.
No entanto, ainda na tarde de ante-ontem, houve uma grande reunião na ocupação onde mora a maioria dos invasores. O vereador Vieira Lima (PPS), foi visto na tarde da última terça-feira, na Vila Conceição, insuflando o grupo de invasores para que voltassem a ocupar a área, porque segundo ele, eles tinham todo o direito e ele próprio garantiria isso contratando um advogado.
O vereador sentenciou: “vocês tem que voltar para lá e ocupar a área de qualquer jeito”, segundo uma pessoa que presenciou a reunião.
Com efeito, na manhã de quarta-feira, 22, os invasores voltaram a ocupar a área. Ontem pela manhã um novo contingente da Polícia Militar esteve no local afastando a maior parte dos invasores.
O que é muito sintomático é que um vereador aliado do prefeito, em plena campanha eleitoral, promova uma ação de incitação ao crime, contra o interêsse coletivo e principalmente o interêsse da Prefeitura. O que é no mínimo curioso.

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