quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SECRETÁRIA DE MEIO AMBIENTE DE DUQUE BACELAR CAUSA CONSTRANGIMENTO A AMBIENTALISTAS DOS MORROS GARAPENSES

Ocorreu de 24 a 28 de outubro em São Luís, o XIII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (ENCOB), maior evento no país para discutir a gestão das águas. No encontro estavam presentes diversos ambientalistas de Buriti, Coelho Neto, Afonso Cunha e Duque Bacelar, municípios formadores da APA dos Morros Garapenses, uma área de proteção ambiental (APA) criada, em 2008, por decreto do ex-governador Jackson Lago. Os ambientalistas morro-garapenses foram auxiliados pelo vice-presidente do CONAMG (Conselho da APA dos Morros Garapenses), Francisco Carlos Machado.
Paralelo ao ENCOB, se realizava também, em São Luís, o Fórum Nacional da Sociedade Civil de Comitê de Bacias (FONASC), que, a pedido da coordenadora do evento no Maranhão, Teresa Cristina, contou com a presença de alguns ambientalistas dos Morros Garapenses, indicados pelo próprio Francisco Carlos.
Junto aos ambientalistas dos Morros Garapenses se encontrava a Secretária de Meio Ambiente de Duque Bacelar, Sra. Maria das Graças, a Gracinha, que, vindo de ônibus com os ambientalistas, fora muito bem recebida por Francisco Carlos, morador e anfitrião do evento em São Luís.
Francisco Carlos deu assistência plena ao grupo garapense, que incluía a secretária de Meio Ambiente de Duque, preocupando-se com o trajeto desde a rodoviária, passando pela estadia em hotel até alimentação dos convidados para o XIII ENCOB. Apesar da secretária está intrigada com Francisco Carlos por razões políticas, chegando, inclusive, a ser testemunha acusatória contra o mesmo e a ABAMA (Associação Bacelarense de Proteção ao Meio Ambiente) num Processo de crimes ambiental, ele não deixou de dá as boas vindas a ela. Chama atenção o fato de a secretária ter sido até beneficiada com hospedagem, transporte e alimentação, benefícios reservados inicialmente apenas aos ambientalistas da APA, durante os seis dias de realização do ENCOB e FONASC.
Aconteceu que no último dia do evento, a pedido de Francisco Carlos, todos os ambientalistas da APA juntaram-se para uma fotografia de recordação. Todos, menos a Secretária de Meio Ambiente de Duque Bacelar, que recusou bruscamente ser fotografada com o grupo, rejeitando, paradoxalmente, os ambientalistas que lhe auxiliaram nos seis dias de evento. Depois, para justificar a negação da foto, um ato nada elegante como pessoa pública, passou afirmar que jamais tiraria uma foto junta com o Francisco Carlos, o que causou mais repugnação contra sua atitude por parte dos ambientalistas garapenses.
O biólogo e professor Pedro Oliveira, de Coelho Neto, afirmou “ser realmente muito deselegante a atitude da Secretária Gracinha em relação ao Sr. Francisco Carlos, visto que o mesmo foi sempre cavalheiro, não somente com ela, mas com todos ali. E o papelão de renegar uma foto com as pessoas não é atitude de alguém com cargo público”.
A conselheira da APA dos Morros Garapenses, Gercides Freire, junto com o professor Jardel Viana de Duque Bacelar, se sentiram envergonhados com a ação da Secretária de seu município, que, no dia anterior, já havia manifestado ingratidão e agressividade com a coordenadora do FONASC, Tereza Cristina, numa atitude bastante leviana e descontrolada.
Por sua vez, o vice-presidente do CONAMG, Francisco Carlos Machado, disse ter ficado “triste com as atitudes nada republicana e ambiental da secretária de sua cidade natal”, tanto no renegar da fotografia com os conterrâneos, como na agressão a Tereza Cristina, visto que todos estavam ali para fazer um pacto em favor das nascentes, lagos e rios, não somente da APA dos Morros Garapenses, mas do Maranhão e do Brasil, e ela como pessoa pública deveria ser a primeira em dá exemplos de cidadania e civilidade.   
Como é possível que uma secretária de meio ambiente protagonize cenas assombrosas de deselegâncias, com explosões de indelicadezas e ignorância republicana? Ela, na verdade, ao longo dos seis dias do ENCOB e FONASC, cuidou de mostrar que ignora também os limites da sensatez, do decoro e do ridículo. Está, de fato, plenamente, imbuída de características da atual gestão de Duque Bacelar.
Após deleitar-se na boa recepção do anfitrião, o desdenha, alegando não poder ser vista ao lado de Francisco Carlos, que tem um histórico de lutas ambientais que superam, de longe, qualquer traço ambiental mambembe, inventado às pressas, para garantir à senhora Gracinha a secretaria de meio ambiente.

Espera-se que o prefeito Flávio Furtado tenha discernimento, sendo enérgico, inclusive, em repudiar, publicamente, os chiliques de sua secretária, sob pena de ser visto como conivente com leviandades, ao abrigar, sob sua tutela, secretários intelectualmente e politicamente despreparados para o cargo.

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