O Porto do Itaqui atingiu em 2015,
número recorde de crescimento e investimento. De acordo com a Empresa
Maranhense de Administração Portuária-EMAP, o lucro bateu na casa dos R$
68,2 milhões. O crescimento foi de 21% em movimentação de cargas e
fechou o ano com recorde histórico de 21,8 milhões de toneladas. O
resultado é fruto da revisão de contratos, otimização de processos e
melhor aproveitamento do potencial da equipe.
Diante desse quadro favorável, difícil
de entender a tentativa do suplente de senador, Lobão Filho, de utilizar
o PMDB para tirar a administração do Governo do Estado. O candidato
derrotado em 2014 revelou que sugeriu ao Governo Federal voltar a
administrar o Porto de Itaqui e que a ideia já está sendo avaliada pelo
ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB). Além de não haver
motivos para isso, Lobão Filho ainda mostrou desconhecimento da área ao
dizer que o Governo Estadual está devendo mais R$ 18 milhões em impostos
e que por conta do atual momento político o ideal é que a gestão seja
feita por uma administração moderna e progressista.
Justamente a mudança de postura na
gestão do Porto do Itaqui é o que mais se destacou neste primeiro ano.
Esses recordes só foram atingidos graças a medidas de contenção de
despesas e modernização dos terminais. Entre os fatores que contribuíram
para a performance estão à revisão dos processos administrativos e
operacionais da empresa, a padronização e melhoria de equipamentos para
carga e descarga de granéis sólidos e a entrada em operação do Terminal
de Grãos do Maranhão, o Tegram. Outro exemplo: o Itaqui começou a
exportar “carga viva”, ou seja, gado bovino, como aconteceu
recentemente, quando 7.700 animais foram transportados em navios para o
Líbano.
“Este resultado é consequência de uma
série de melhorias que impactaram na produtividade do Porto. Nós tivemos
um crescimento na movimentação de cargas, como a celulose, mas, sem
dúvida, o destaque é a entrada em operação do Tegram”, afirma o
presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Ted
Lago.
Além disso, por força de amarras contratuais a Emap tem direito sobre a administração do Porto até 2022.
Para o secretário de comunicação e
Articulação Política, Márcio Jerry, Lobão Filho estaria criando um fato
político para chamar a atenção com o objetivo de desmoralizar o
governador Flávio Dino. “Por trás da proposta de Edinho Lobão está o
descontentamento dele com a moralização que houve na Emap, antes um
antro de corrupção e desperdício, hoje uma empresa referência de
eficiência, de resultados positivos”.
Além disso, a federalização seria um
duro golpe nas receitas do Governo Estadual, e esse parece ser o
principal objetivo de Lobão Filho.
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