VERSO PARA
MEMORIZAR:
"Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse
àqueles homens: Vinde comigo e vede um Homem que me disse tudo quanto tenho
feito. Será este, porventura, o Cristo?!" (Jo 4:28, 29).
Leituras da Semana:
A jovem, com antecedentes tristes (teve
dois filhos fora do casamento no tempo em que estava com quinze anos de idade),
agora estava presa, aguardando julgamento. Seu crime foi ter assassinado uma
assistente social que devia levar seu bebê, a única pessoa a quem ela amava.
Sem mãe, pai, marido, qualquer parente ou amigo, ela enfrentava sozinha um futuro ameaçador. Mediante as visitas de um pastor, no entanto, essa jovem aprendeu que, apesar de todos os seus erros, da situação desesperadora e de seu futuro incerto, Cristo a amava e perdoava. Independentemente de como a sociedade a visse, ela conhecia por si mesma o eterno amor de Deus. Essa excluída social descobriu significado e propósito em seu Senhor, cujo amor e aceitação transcendiam todas as normas e até mesmo os melhores costumes sociais.
Os adventistas em todo o mundo estarão unidos em um grande movimento de
oração! Aproveite essa grande oportunidade.
Pessoas "inferiores"
As sociedades estabelecem hierarquias.
Pessoas ricas ou cultas costumam conseguir as mais altas posições. Pessoas
"comuns" normalmente ocupam os degraus intermediários da escala
social. Isso deixa de fora as pessoas consideradas "inferiores", como
prostitutas, viciados em drogas, criminosos, sem-teto e outros. No tempo de
Cristo, essa lista também incluía os leprosos e os coletores de impostos.
1. Leia Mateus 21:28-32 e Lucas 15:1-10. Como Cristo tratou os excluídos
sociais?
Qual foi a atitude que colocou os
rejeitados pela sociedade à frente dos hipócritas? O que as classes
"inferiores" descobriram, que a elite social frequentemente passava
por alto? Por que Jesus parecia ter mais facilidade em alcançar as camadas
inferiores da sociedade do que as superiores?
Embora endurecidos pelos prazeres pecaminosos e às vezes envoltos pela aparência rude, os excluídos sociais se mostraram ainda mais fáceis de ser alcançados do que a elite arrogante, altiva e hipócrita. Muitas vezes, sob a presunção dos excluídos, se oculta o vazio emocional caracterizado pela baixa autoestima. Com frequência, em especial durante a adolescência, essas pessoas se rebelam abertamente, tentando estabelecer uma identidade pessoal para compensar a insegurança sentida no coração. Essa identidade é propositadamente estabelecida em oposição aos desejos de quem atua como autoridade sobre elas (geralmente os pais).
Jesus não gastou tempo prejudicando a já diminuída autoestima dessas pessoas. Em vez disso, Ele criou um renovado senso de valor pessoal. Estabeleceu esse fundamento, amando e aceitando constantemente os rejeitados, cujo coração muitas vezes era tocado pelo acolhimento caloroso e amoroso da parte de Cristo.
Qual é sua atitude para com os
excluídos da sociedade? Em muitas ocasiões você nutre algum sentimento de
superioridade em relação a eles? O que significam esses sentimentos?
Prepare sua família e sua igreja para
os dez dias de oração e dez horas de jejum!
Perdão para uma
adúltera
2. Leia João 8:1-11. Que lições esse relato oferece sobre
a maneira de tratar pecadores rejeitados?
Revigorado espiritualmente após Seu
retiro no Monte das Oliveiras, Jesus voltou ao templo. As multidões se
reuniram. Enquanto Cristo ensinava, os fariseus arrastaram uma mulher adúltera
até Ele. Questionaram Jesus acerca da legislação de Moisés referente ao
adultério, que prescrevia a execução do culpado. Jesus percebeu que o
questionamento não era sincero. O objetivo era apanhá-Lo em uma armadilha. O
poder de aplicar a pena de morte havia sido removido dos tribunais judaicos. A
liderança da nação raciocinou que o número de Seus seguidores seria prejudicado
Se Ele rejeitasse publicamente o apedrejamento da mulher. Por outro lado, se
Ele aprovasse a execução, seria acusado de ter usurpado a autoridade romana.
Apanhada em meio às intrigas políticas dos líderes, ali estava a mulher indefesa e culpada. Alheia ao ministério de Jesus, possivelmente ela não conhecia Sua natureza misericordiosa. Quando pareceu que a sentença de morte seria pronunciada, Ele iniciou Sua declaração com palavras inesquecíveis: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado [...]" (Jo 8:7).
Essas palavras nivelaram as coisas. Pessoas sem pecado poderiam ser autorizadas a executar a punição sem piedade. Entretanto, em certo sentido, as pessoas pecadoras eram obrigadas a ser misericordiosas. Mas, com exceção de Jesus, não havia ali pessoas sem pecado. Gradualmente os líderes religiosos se dispersaram, e essa excluída social, embora fosse culpada, recebeu a graça.
"Em Seu ato de perdoar a essa mulher e animá-la a viver vida melhor, resplandece na beleza da perfeita Justiça o caráter de Jesus. Conquanto não use de paliativos com o pecado, nem diminua o sentimento da culpa, procura não condenar, mas salvar. O mundo não tinha senão desprezo e zombaria para essa transviada mulher; mas Jesus profere palavras de conforto e esperança. O Inocente Se compadece da fraqueza da pecadora, e estende-lhe a mão pronta a ajudar. Ao passo que os fariseus hipócritas denunciam, Jesus lhe recomenda: 'Vai-te, e não peques mais.'" (Jo 8:11, RC; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 462).
Embora Ellen G. White apresente mais
detalhes sobre a intriga envolvendo essa mulher, ela era uma adúltera apanhada
em flagrante. A trama dos líderes não mudou esse fato. Então, por que ela foi
perdoada? Como podemos aprender a mostrar misericórdia aos culpados, e ao mesmo
tempo não "atenuar" o pecado?
Se você começar a participar, toda a igreja será impactada! Ore todos os
dias por um propósito especial!
O menor entre os
menores
3. Leia Marcos 5:1-20. Compare a situação desse homem com a dos modernos moradores de rua e dos doentes mentais. Note eventuais semelhanças e diferenças. Como a sociedade moderna trata as pessoas que sofrem de doenças mentais? Por que Jesus ordenou que essa cura fosse divulgada, embora Ele sempre tenha aconselhado outros a manter segredo?
De nossa perspectiva, é difícil
imaginar alguém numa situação tão terrível, a ponto de viver num cemitério.
Embora alguns argumentem que esse homem era simplesmente um louco, o texto
ensina o contrário. Além disso, o que aconteceu com os porcos mostra que o
problema dele era espiritual.
Um ponto crucial nessa história é que ninguém, não importa quão insano esteja – quer por possessão demoníaca, doença mental ou uso de drogas – deve ser ignorado. Em alguns casos, é necessária ajuda profissional, que deve ser providenciada quando possível.
Como cristãos, devemos nos lembrar de que Cristo morreu por todos. Mesmo aqueles a quem consideramos fora de nosso alcance merecem toda compaixão, respeito e bondade possíveis. Além disso, quem somos nós para julgar que alguém é um caso perdido e está além do poder de Deus? Do nosso ponto de vista, as coisas podem parecer ruins, mas da perspectiva divina cada ser humano é de valor infinito. Se não fosse pela cruz, nosso caso seria impossível. Essa é uma questão que merece ser lembrada quando nos confrontamos com pessoas perturbadas e arruinadas.
Pense em pessoas que estejam realmente
arruinadas, mental, espiritual, fisicamente ou por qualquer motivo. Tente
vê-las da maneira que o nosso amoroso Deus as vê. Além de orar por elas, o que
você pode fazer para atender às suas necessidades e mostrar-lhes algo do amor
incondicional de Deus?
Se você nunca jejuou, aproveite a
oportunidade para fazê-lo no dia 13 de fevereiro! Ore por isso!
A mulher junto ao
poço
4. Leia João 4:5-32 e responda às seguintes
perguntas:
a. Que convenções sociais Jesus quebrou
e por quê? O que isso deveria nos dizer sobre as "convenções sociais"
e como elas deveriam ser consideradas quando interferem no nosso testemunho?
Que convenções sociais podem estar atrapalhando seu testemunho a outras
pessoas?
b. De que maneira Jesus confrontou a
mulher acerca de sua vida pecaminosa? Que lições podemos tirar de Sua
abordagem?
c. O que essa história revela sobre os
preconceitos dos discípulos de Jesus? Somos culpados dessa mesma atitude?
d. Embora impressionada com o fato de
que Jesus sabia que ela havia sido sexualmente promíscua, quais palavras dela
revelaram suas dúvidas sobre quem era Jesus? A partir desse relato, que lições
podemos aprender sobre nossa própria necessidade de paciência quando se trata
de fazer discípulos?
Mais de 17 milhões de pessoas estarão
unidas em oração! Esse movimento irá começar amanhã! Você está pronto?
Publicanos e
pecadores
É difícil imaginar como teria sido
nosso mundo se não houvesse pecado. A beleza da natureza, mesmo depois de
milênios, ainda atesta a majestade, o poder e a bondade de Deus. Nossa mente
obscurecida pelo pecado não consegue entender plenamente como teriam sido a
humanidade e as relações humanas se nosso mundo não houvesse caído. Uma coisa
de que podemos ter certeza é que não existiriam as distinções de classe,
preconceitos e fronteiras étnicas e culturais que causam impacto em cada
sociedade e cultura.
Também é triste dizer que é pouco provável o desaparecimento desses limites antes da volta de Cristo. Ao contrário, enquanto nosso mundo piora, não há dúvida de que essas barreiras se tornarão maiores. Como cristãos, porém, devemos fazer o que pudermos, e de todas as formas possíveis, para superar esses obstáculos que têm causado tanto pesar, sofrimento e dor em nosso mundo, especialmente naqueles que a sociedade rejeita em maior grau.
5. Leia Mateus 9:9-13. De que maneira a essência do
verdadeiro cristianismo é revelada no texto, não apenas no que Jesus disse, mas
no que Ele fez? Concentre-se especialmente nas palavras: "Misericórdia
quero, e não sacrifício" (Os 6:6). Levando em conta o contexto, por que
devemos ter cuidado para não ter a mesma atitude que Jesus condenou, visto que
estamos inseridos em alguma sociedade específica e, portanto, influenciados por
seus preconceitos e barreiras sociais?
"Os fariseus observaram Cristo
assentado e comendo com publicanos e pecadores. Ele era calmo e senhor de si,
gentil, cortês e amigável. Embora não pudessem deixar de admirar a figura
apresentada, ela era tão diferente de seu próprio curso de ação que não podiam suportar
a visão. Os altivos fariseus se exaltavam e menosprezavam os que não tinham
sido favorecidos com os privilégios e a luz que eles tinham recebido. Odiavam e
desprezavam os publicanos e pecadores. No entanto, aos olhos de Deus, sua culpa
era maior. A luz do Céu estava brilhando em seu caminho, dizendo: 'Este é o
caminho, andai por ele' (Is 30:21), mas eles haviam desprezado a dádiva"
(Ellen G. White, The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v.
5, p. 1088).
Hoje é o dia de ser abençoado e de
abençoar outras pessoas por meio da oração. Interceda por pelo menos cinco
pessoas!
Estudo adicional
Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações,
p. 183-195: "Junto ao Poço de Jacó"; p. 333-341: "Cala-te,
Aquieta-te"; p. 460-462: "Por Entre Laços"; e A Ciência do Bom
Viver, p. 164-169: "Auxílio aos Tentados"; p. 171-182: "A Obra
em Favor dos Intemperantes"; p. 183-200: "Os Desempregados e os Destituídos
de Lar".
"A classe que Ele nunca favorecia era a daqueles que ficavam à parte na própria estima, e olhavam os outros de alto para baixo. [...]
"Os caídos devem ser levados a sentir que não é demasiado tarde para serem íntegros. Cristo honrou o homem com Sua confiança, colocando-o assim em sua própria honra. Mesmo aqueles que haviam caído mais baixo, Ele tratava com respeito. Era para Cristo uma contínua dor o contato com a inimizade, a depravação e a impureza; nunca, porém, proferiu Ele uma expressão que mostrasse estarem as Suas sensibilidades chocadas ou ofendidos os Seus apurados gostos. […] Ao partilharmos de Seu Espírito, olharemos todos os homens como irmãos […] Então nos aproximaremos deles de modo a não desanimá-los nem repeli-los, mas a despertar esperança em seu coração" (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 164, 165).
Perguntas para reflexão
1. Que atitudes você precisa mudar a
fim de se tornar uma testemunha eficiente para com os excluídos? Que práticas
sua igreja precisa mudar?
2. Como Jesus evitava tanto desculpar o pecado como condenar os pecadores? De que modo Ele utilizou a confiança para reverter a espiral descendente dos excluídos? Uma vez que os marginalizados geralmente desconfiavam dos religiosos, como Cristo fez para que essas pessoas ficassem à vontade com Ele?
3. Que barreiras se interpõem entre os excluídos sociais e sua igreja?
Respostas sugestivas: 1. Jesus os acolheu,
comeu com eles e buscou resgatá-los. 2. Embora tentem fazer isso, pecadores não
podem condenar seus semelhantes. Mesmo podendo fazer isso, Jesus não tentou
condenar a pecadora. Embora a tenha perdoado, Jesus não justificou o pecado,
mas ordenou que a mulher vivesse de maneira diferente. 3. A exemplo do que
ocorreu com o endemoninhado, nossa sociedade rejeita os doentes mentais,
drogados, desamparados e pessoas dominadas pelo mal. Gadara era uma região de
pagãos e não haveria necessidade de ocultar o milagre de Jesus, porque ali não
havia oposição a Cristo, como na Judeia. 4. a. Os judeus menosprezavam e
hostilizavam os samaritanos, considerando-os pagãos detestáveis; também não
conversavam com mulheres em público. Jesus ignorou essas convenções e tratou a
samaritana como uma preciosa alma, apesar de conhecer sua má reputação. Devemos
ignorar todos os preconceitos que atrapalhem nosso testemunho. b. Dialogando
com amor e tato, Jesus mostrou que conhecia sua vida e seus pecados. c. Os
discípulos ficaram espantados porque Jesus conversou com a mulher samaritana.
d. Ela perguntou qual era a adoração correta, em relação às tradições judaica e
samaritana. Ela estava impressionada, mas ainda tinha dúvidas. 5. Com base em
sua religião formal e condição social, os fariseus se consideravam mais santos
do que os publicanos e outros pecadores, e desprezavam os que pareciam mais
pecadores do que eles. Jesus condenou sua atitude hipócrita, exemplificando
como devemos nos aproximar dos marginalizados e repartir com eles a
misericórdia divina.
Ore intensamente hoje. Peça que Deus
aumente sua fé. Conte às pessoas escolhidas que você está orando por elas.
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