sábado, 1 de setembro de 2012

Agiotagem: ao invés de cheques, patrimônio familiar


Engana-se quem imagina que a agiotagem cruzou de vez os braços nesta campanha eleitoral. Houve apenas uma mudança na negociação. Para evitar futuras complicações com cheques de prefeituras e pessoal, os agiotas agora passaram a exigir patrimônio particular.
Diversos candidatos estão recebendo dinheiro da agiotagem e em troca estão passando em cartórios de títulos bens móveis e imóveis, como carros, lanchas, casas, sítios e terrenos.
A comissão de delegados que participa da operação “Detonando II” deve passar uma peneira nos cartórios que vai levantar as últimas transações e as pessoas envolvidas nos negócios.
É uma transação de risco, pois a pessoa que fez a transferência tem prazo para quitar o débito. Do contrário, perderá para o agiota seu bem precioso.
De Santa Inês, passando por Bom Jardim, Newton Bello, Zé Doca até Araguanã, dois agiotas estão agindo livremente. Um deles mais conhecido por Varão tem muita bala na agulha.
Pacovan, velho conhecido da polícia (chegou a ser preso na Operação Usura) desembolsa na Baixada, passando por Bacabal e outras cidades mais próximas.
Em Ararí, a família da candidata Simplesmente Maria, faz as negociações com os candidatos daquela região. Eles são donos do Supermercados Silmar, uma rede em São Luís.
Dois deputados estaduais, sendo um deles dono de factoring, agem da mesma forma. Mas a comissão de delegados está de olhos arregalados e seriam de bom tamanho que os casos fossem levados ao conhecimento públicos antes do dia da eleição, 7 de outubro.

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