Ex ministro do Turismo Pedro Novaes. |
BRASÍLIA - Furiosa com a sucessão de denúncias envolvendo o ministro do Turismo, Pedro Novais, a presidente Dilma Rousseff conversou na quarta-feira, 14, à noite com ele por apenas cinco minutos, no Palácio do Planalto, quando recebeu sua carta de demissão. Apenas o vice-presidente Michel Temer presenciou o encontro, no qual Novais alegou ter sido 'vítima de calúnias e difamações'.
Na carta, porém, o ministro só agradeceu a confiança de Dilma. Ao contrário do ex-ministro da Agricultura, Wagner Rossi - que caiu no mês passado e saiu acusando um 'importante político' por sua desgraça -, Novais apresentou um texto curto e formal. Não explicou as denúncias que pesam contra ele nem disse que iria se defender.
Dilma segurou Novais enquanto pôde, para não abrir nova crise de relacionamento com o PMDB, mas avisou Temer, ainda na terça-feira, que o partido precisava encontrar rapidamente outro nome para o Turismo. 'A situação é insustentável', afirmou. Ela também conversou na quarta, por telefone, com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Na avaliação da presidente, Novais já deveria ter pedido para sair há muito tempo. A queda do terceiro ministro filiado ao PMDB - e quinto do governo Dilma - provocou uma queda de braço entre as várias alas do partido, de olho na vaga. Padrinho político de Novais, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), passou o dia tentando emplacar o deputado Marcelo Castro (PI). Dilma vetou o nome, alvo de investigações no Tribunal de Contas, na Polícia Federal e no Ministério Público.
A presidente avisou o PMDB que o indicado deveria ter 'ficha limpa' e nenhuma denúncia nas costas.
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